Resposta ao Tempo

Vivo... feliz, triste, desajeitada, respeitada e as vezes desacreditada. MAS VIVO!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Descarregando o Eu.


Um cenário, onde o personagem principal sou eu, não o eu que você conhece, não o Eu que eu mesma conheço, mas o Eu do Eu, que pode ser exatamente o que eu sou, ou em nada tem a ver com que parece ser eu.
Um cenário, onde a boca não fala as palavras desconcertantes da mente, o silêncio parece invadir latente, ardente e a mente grita e muitas vezes de forma desconexa, em um turbilhão de sentimentos e informações tão íntimas que chegam a saltar pelos olhos através das lágrimas: amor, ódio, paixão, rancor, raiva, carinho, razão. Tento dar sentido a tanta emoção, tento decifrar um eu que não conheço, o corpo manifesta em tons vermelhos a explosão de ideias, as dores nas têmporas atropelam a síntese das palavras e latejam, me fazendo até sufocar.
As mãos movimentam em gestos corriqueiros dando ênfase ao dedilhar eufórico em cada letra do alfabeto inerte nesta matéria a minha frente. Acredito ou tento acreditar que conseguirei extrair a confusão de ideias que surgem a cada segundo, atropelando a ideia inicial, deixando a voz interna, perdida em teorias questionadas a cada releitura do que saiu e o que deveria ter sido explorado ficou perdido na vontade de escrever, interrompida por uma limitação chamada “bateria descarregada”.
As inúmeras vozes ao meu redor tentam desconcentrar-me...Mas...
Descarregou...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Olhos do Coração

No alcance do não te ver...
Meus olhos te lêem.
No alcance de não te ver...
Meus olhos te moldam.
No alcance do não saber...
Meus olham te sabem.
Meus olhos fechados te imaginam.
Meus olhos em silêncio te chamam.
Meus olhos de tão cegos...
Te enxergam...
E perguntas: Como posso te ver tanto?
Meus Olhos, não são os olhos de presença.
Meus olhos, são os Olhos do coração.



(Para as minhas Lis).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Negação!




Posso ceder-me em consignação
Usa-me
Experimenta e...
Prova-me
Se de objeto posso servir-te
Dá-me o meu valor
Digo que estou em tuas mãos
E Dôo-me em redenção
E se rendida, aceita a doação
Adora-me
E pague-me na contemplação
Ofereço-te uma relação.
Se em teus dedos servir
Dar-te-ei as minhas mãos
E segure-as até a perdição
Ouso dar-te minha paixão
Se a quiseres...
Queima-te no fogo dessa ilusão
Pois logo em cinzas cessará essa explosão
Só Nego-te aqui meu coração
Pois esse dar-se, sem solicitação. 

Desarmonia

Sucumbir, sumir
Assumir, assombrar.
Apavorado medo de ir.
Ir sem medo de apavorar
Sabotar a luz
Descumprir ideais
Não andar, nunca voltar... atrás.
A frente um sombra.
Segurar o medo
Esconder-se no pavor de ser.
Sabotar a si.
Mentir para si.
Verdade revelada da alma:
...
Estático
Inerte
Inalterado
Sem passos
...
Mente veloz
O corpo para
A mente segue.
...
O real é ilusão
A ilusão é real
Sem ir nem vir
...
Não há harmonia entre coragem e medo.


Em 2008

Nós, nó...
Laços perfeitos.
Lindos efeitos!
Nós...nó...
Laço Refeito!
Um feito, um ser...um só.
Nós de um só.
Um só nó...
Nossos defeitos...desfeitos.
Ainda há um nó!



Em 2008

Noite exata

Noite exata
Ao lado a Luz
No horizonte finito
Claro e veloz
Calmo...acalmo
Clareia manhã
Escurece os olhos...
Inquieta voz...
Lua clara, claro o sol
O Sol da Lua
A Lua de lá...
A luz da noite
A noite do dia
A noite da lua.
A manhã da lua
O adeus a lua.
Na chegada do Sol
No calor do Sol
O calor dentro de mim.
A lua clara escondeu-se no sol.
...vimos...
Visto! Deslumbrado, misturado...
Embaçado:
Noite e Sol...
Lua e dia.


Em 2008

O Sempre e O Mesmo...

O que é o sempre?
O que é o mesmo?
O mesmo sempre...
O sempre novamente.

Mesmo?
Amar-te mesmo!
Desejar-te mesmo!
Querer-te mesmo!
Ter-te mesmo!
Adorar-te mesmo!

Sempre?
Sempre te amar!
Sempre te desejar!
Sempre te querer!
Sempre te ter!
Sempre te adorar!

Responde o sempre...
Responde o mesmo...
O mesmo sempre
O sempre é o mesmo... Infinitamente!


Em 2008

terça-feira, 17 de maio de 2011

Em minhas mãos...

Sorri pra mim
Reaprendi...
Uma imensidão de buscas,
Reencontros...
Me perdi!
Sufoquei...
Explodi em ânsias e sonhos.
Quem nunca se perdeu no curso?
Quem nunca duvidou de suas próprias escolhas?
Sorri pra mim...
Me olhar no espelho e ver o que é necessário.
Todo o silêncio de minhas palavras,
Transbordam em pensamentos...
Uma profunda organização!
Transmutar...
Evacuar as milhões de pessoas que quis ser.
Hoje, veja só...
Desintoxicada!
O Veneno se esvaeceu.
Torno-me absurdamente DONA de mim.
Me estendo a mão e é incrível como consigo me segurar.







Em 2010

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Doença



Vou culpar minha doença
Pra justificar todo esse mal
Posso culpar minha doença
pra não achar tudo normal
Vou dizer que estou doente
Pra dizer que sou a tal
Que doença mesmo é essa?
Uma doença atemporal...
Sou doente quando amo.
E quando estou de mal.
Doente quando estou Feliz...
Que doença essa, que nada diz?
Vou Culpar minha doença
Pelo mal de ser Feliz
Vou dizer que é só doença
Minha vida de atriz.
Doente caída na cama
Sem uma vida Diretriz
Doente no corpo
Na alma...
Sentido sem raiz.
Culpo Minha doença
Quando cresce meu Nariz.
Doença de Rata
Doença nata
Doença de nada.

                                                                                                        
                                                                 Hoje, 2011